Nas eleições municipais, ninguém pode dizer que saiu campeão. Todo mundo tem uma vitória aqui e outra ali, mas o PL foi o partido que mais se destacou nas maiores cidades. A legenda de Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro foi a que venceu mais disputas no primeiro turno e a que – disparada – mais disputa eleições no segundo turno como favorita ou em segundo lugar. Depois seguem os seis partidos de centro para, finalmente, se chegar ao PT (ver tabela abaixo – partida, vitórias no primeiro turno, disputas em primeiro turno favoritos e disputa em segundo turno como azarão).
Part. / Won / 2T (1o) / 2T(2o)
PL / 11 / 12 / 11
UB / 9 / 4 / 6
PSD / 6 / 6 / 4
PP / 5 / 4 / 2
MDB / 5 / 8 / 2
PODE 4 / 2 / 4
REP / 3 / 5 / 2
PT / 2 / 4 / 8
PSDB / 2 / 3 / 2
PSB / 2 / 0 / 2
PDT /1 / 2 / 1
Novo / 1 / 0 / 2
Avante / 1 / 0 / 0
CID / 0 / 0 / 1
SD / 0 / 0 / 1
Psol / 0 / 0 / 2
Daí é possível extrair alguns recados:
• O sentimento de centro-direita é majoritário
• Há uma divisão importante entre eleitores que votam ideologicamente (essa turma votou principalmente com o PL) e outros que preferem discutir a cidade
• O PT ficou longe dos seus objetivos
• Alguns líderes regionais ganharam força: Helder Barbalho no Pará; Tarcísio de Freitas em SP; ACM Neto na Bahia; Arthur Lira em Alagoas; João Campos em Pernambuco
• Outros líderes perderam força: Welington Dias no Piauí; Jerônimo Rodrigues na Bahia; Ciro e Cid Gomes no Ceará
• Jair Bolsonaro venceu bem mais do que perdeu; Lula perdeu bem mais do que venceu
• A vitória de Ricardo Nunes em São Paulo será mais faturada por Tarcísio de Freitas do que por Jair Bolsonaro
• Pablo Marçal mostrou que se Bolsonaro se mover muito para o centro, deixa um batalhão de eleitores desassistidos e suscetíveis a outros franco-atiradores da direita
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