O Parlamento da Coreia do Sul votou unanimemente para revogar a lei marcial decretada pelo presidente Yoon Suk Yeol, que justificou a medida como resposta à suposta infiltração norte-coreana na oposição política do país. Em um discurso transmitido ao vivo nesta terça-feira (3), Yoon afirmou que a decisão era necessária para proteger a liberdade e a estabilidade nacional contra ameaças comunistas e elementos subversivos internos, alegando que a oposição estaria “refém”.
A imposição da lei marcial provocou forte reação tanto da oposição quanto da sociedade civil. Manifestações em frente à Assembleia Nacional resultaram em confrontos entre manifestantes e a polícia. De acordo com a mídia estatal sul-coreana, militares tentaram prender o líder da oposição, Lee Jae-Myung, e o presidente da Assembleia Nacional, Woon-Won-sik. Até mesmo um membro do Partido do Poder Popular, partido de Yoon Suk Yeol, foi alvo de uma tentativa de detenção por discordar da decisão do presidente.
Após a intervenção do Legislativo, a situação foi controlada, e a lei marcial foi revogada, reduzindo as tensões políticas e sociais no país.