Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil, não foi convidado para participar da cerimônia de posse de Joe Biden, novo presidente dos Estados Unidos, agendada para hoje. Diversos líderes mundiais, incluindo o ex-presidente brasileiro, não estarão presentes na celebração em Washington, D.C.
Será a embaixadora Maria Luiza Viotti a responsável por representar o Brasil na cerimônia. É importante ressaltar que, geralmente, não é comum convidar presidentes e líderes de outros países para posse de presidentes dos EUA.
De que forma o Brasil aparece nos eventos de posse dos presidentes?
Neste cenário, é de extrema importância a atuação dos diplomatas. Cabem a eles a missão de ser a voz da sua pátria em variadas circunstâncias solenes, como a cerimônia de posse do presidente dos Estados Unidos, que ilustra bem esse papel.
Há certo tempo, tem sido observado um comportamento recorrente. No início de 2021, houve uma ausência de Jair Bolsonaro na cerimônia de posse de Joe Biden. Como é habitual nesses casos, o embaixador brasileiro nos Estados Unidos, Nestor Forster, nomeado por Bolsonaro, fez as honras de representar o país no evento solene.
Em 2009, Barack Obama tornou-se presidente dos Estados Unidos, enquanto Luiz Inácio Lula da Silva ocupava a presidência brasileira. Apesar da relação política estreita, Lula não compareceu à cerimônia de posse de Obama. O embaixador do Brasil, Antonio Patriota, representou-o no evento naquela ocasião.
A tradição de não enviar convites para autoridades de alto escalão durante a posse presidencial nos Estados Unidos é uma prática com o objetivo de evitar a concentração de líderes em uma cerimônia nacional e formal, preservando assim a natureza interna e solene do evento. O objetivo é assegurar que a posse seja um reflexo da democracia americana, livre de intervenções externas. No entanto, houve algumas exceções notáveis, como quando Donald Trump escolheu pessoalmente convidar figuras proeminentes, como Javier Milei, da Argentina, e Nayib Bukele, de El Salvador.
Como Está Bolsonaro se Preparando para a Posse de Trump?
Chegou o tão esperado 20 de janeiro, um dia de grande importância. Hoje os olhares do mundo estão voltados para os Estados Unidos da América. Que Deus cuide do nosso querido Brasil. Um forte abraço para o Presidente @realDonaldTrump. Saudações a Jair, Michelle e @BolsonaroSP. Desejo a todos um bom dia.
Há algumas semanas, o antigo presidente Jair Bolsonaro fez um pedido ao juiz do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, requisitando a devolução de seu documento de viagem com o intuito de realizar uma viagem aos Estados Unidos e participar da cerimônia de posse. O político mencionou ter sido convidado para o acontecimento.
Contrariamente, a solicitação foi negada por Moraes, o que resultou na proibição da saída de Bolsonaro do país. Como resposta, o antigo mandatário decidiu enviar sua cônjuge, Michelle, para desempenhar o papel em seu lugar.
No sábado (18), durante o trajeto ao aeroporto com Michelle, Bolsonaro manifestou sua insatisfação em relação à determinação do ministro. Em uma conversa com repórteres, ele disse: “Estou bastante aborrecido e ainda impactado. Sofro uma intensa pressão política de um indivíduo. Esse indivíduo [referindo-se a Moraes] detém o poder de moldar o destino de milhões de pessoas no Brasil. Somente ele. Ele é quem supervisiona o trâmite, é quem decide de tudo. Quando quer, desconsidera o Ministério Público e age de acordo com sua própria vontade. O propósito é neutralizar a corrente conservadora no Brasil”.
As sutilezas dessas situações mostram que os acontecimentos globais podem apresentar desafios que vão além do convencional e do protocolar. Elementos como a presença ou a falta de dignitários em cerimônias de posse podem ser determinados por motivos diplomáticos, políticos ou mesmo individuais, que vão além das regras habituais. No entanto, é responsabilidade dos representantes diplomáticos agirem com honra e lealdade ao defenderem os interesses de suas nações em momentos tão importantes.