No dia 20 deste mês, na segunda-feira, o líder máximo dos EUA, Donald Trump, formalizou a saída da nação da OMS ao assinar uma ordem executiva. Esse movimento aconteceu no início de seu novo mandato, demonstrando questionamentos anteriores em relação à atuação da entidade diante da crise de saúde provocada pelo coronavírus.
De acordo com a argumentação de Trump, a OMS não estava sendo justa com os Estados Unidos, mesmo sendo o país que mais investiu financeiramente. Ele afirmou que o montante de US$ 6,8 bilhões enviado pelo país em 2023 não trouxe os benefícios esperados em relação à clareza e eficácia.
Qual foi a razão por trás da decisão de Trump?
Trump disse que a OMS sacaneou os EUA, cobrando mais deles do que da China. Ele reclamou da forma como a organização lidou com a pandemia e de sua falta de autonomia.
Segundo a assinatura de Trump, a OMS continua pressionando por contribuições que são vistas como excessivamente altas pelos EUA. A administração da Casa Branca ainda apontou falhas na organização, alegando que há a necessidade imediata de reformas e uma gestão mais eficiente.
Qual impacto pode ser gerado pela ausência?
A retirada formal dos EUA da OMS tem potencial para gerar diversos efeitos no cenário mundial de saúde pública. Primeiramente, existem inquietações relativas à verba da entidade, visto que os EUA eram uma importante fonte de financiamento. Adicionalmente, a cooperação global em assuntos de saúde pode ser afetada.
Qual a relação dos Estados Unidos com a Organização Mundial da Saúde ao longo da história?
Trump já havia tentado cortar laços com a OMS antes. Em seu mandato anterior, em 2020, ele começou a sair da organização, mas enfrentou obstáculos legais e a mudança de administração. Seu sucessor, Joe Biden, mudou de ideia ao assumir o cargo em 2021.
Ao longo da história, os EUA têm sido fundamentais na atuação da OMS, não apenas fornecendo recursos financeiros, mas também participando ativamente na criação de diretrizes e iniciativas de saúde em escala mundial.
A forma como os Estados Unidos e a OMS vão interagir nos próximos tempos dependerá de muitos elementos diferentes, como a situação política dentro dos EUA e eventuais transformações na estrutura e maneira como a OMS é administrada. O panorama mundial da saúde, sobretudo em relação a epidemias, terá um papel fundamental nesses laços. Será de extrema importância ficar atento à reação da comunidade global diante desta divisão, e se haverá tentativas de intermediar para promover a reconciliação.
Visualizar esta imagem no InstagramPublicação de Presidente Donald J. Trump (@realdonaldtrump)
Uma postagem divulgada por Presidente Donald J. Trump (@realdonaldtrump)