O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) apresentou uma representação ao Ministério Público Federal (MPF) contra a produtora Brasil Paralelo, acusando-a de distribuir materiais considerados irregulares como conteúdos paradidáticos em escolas particulares.
Boulos argumenta que os materiais divulgam “revisionismo histórico” em temas como o golpe militar de 1964, a chegada dos portugueses ao Brasil em 1500 e os atos de 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, esses conteúdos distorcem fatos e disseminam “negacionismo científico”.
O deputado também afirma que os materiais não seguem as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) nem da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Além disso, ele acusa a produtora de promover o homeschooling, prática que não está legalizada no Brasil.
Na representação, Boulos ressalta que a liberdade na escolha de métodos educacionais não deve justificar a propagação de conteúdos que deturpem a história ou disseminem ideologias de extrema direita. Ele pede ao MPF que investigue as práticas da Brasil Paralelo.
A equipe do jornalista Cláudio Dantas entrou em contato com a Brasil Paralelo para obter um posicionamento, mas não obteve resposta até o momento.