Os Correios acumularam um prejuízo de mais de R$ 2 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, o pior resultado da estatal para o período. A chamada “taxa das blusinhas” — uma alíquota de 20% sobre importações de até US$ 50 — é considerada uma das principais responsáveis pela queda no faturamento, agravando a situação financeira da empresa durante o governo Lula (PT).
Desde que a taxação entrou em vigor em agosto, houve uma redução de 40% no volume de importações, de acordo com dados da Receita Federal. No terceiro trimestre, a receita dos Correios com importações foi de R$ 1 bilhão, comparada a R$ 1,3 bilhão no mesmo período de 2023 — uma perda de R$ 200 milhões. Entre janeiro e setembro deste ano, a receita com importações caiu de R$ 3,3 bilhões em 2023 para R$ 3,1 bilhões em 2024.
As projeções para 2025 são ainda mais preocupantes, pois os impactos da taxa devem se intensificar. Existe a possibilidade de o déficit anual superar os R$ 2,1 bilhões registrados em 2015, durante o governo Dilma Rousseff (PT), o que representaria o maior prejuízo já registrado pela estatal.
Diante desse cenário, os Correios anunciaram medidas emergenciais, incluindo:
- Suspensão de contratações de terceirizados por 120 dias;
- Renegociação de contratos com redução de pelo menos 10% nos valores;
- Restrição de renovações de contratos, condicionadas à redução de custos.