A polêmica em torno do uso de anestesia em sessões de tatuagem tem sido um assunto de destaque nos debates. Recentemente, na segunda-feira passada (20), a morte do influenciador brasileiro, Ricardo Godoi, ressaltou os perigos envolvidos no emprego da anestesia geral em tais situações. Ricardo teve uma parada cardiorrespiratória pouco depois do início da sedação para realizar uma tatuagem, um incidente que trouxe à tona questionamentos sobre a segurança e as normas apropriadas para a utilização de anestesia durante procedimentos de tatuagem.

A utilização de anestesia total, apesar de ser confiável, demanda cuidados especiais para reduzir possíveis complicações. Especialistas, como o Dr. Marcelo Silva, do Hospital São Lucas, ressaltam a importância de ações preventivas, como abster-se de alimentos, estar livre de enfermidades ativas e passar por uma avaliação médica minuciosa, a fim de assegurar a proteção do paciente. A trajetória de Laura Mendes é um exemplo claro da necessidade de aderir aos estritos protocolos médicos nessas circunstâncias.

Qual é o procedimento que se deve seguir quando se aplica anestesia em tatuagens?

Segundo informações da Associação Brasileira de Anestesiologia (ABA), não existe uma regra específica que proíba o emprego de anestesia em tatuagens, contanto que o ato seja executado em um recinto de saúde apropriado que garanta a proteção do indivíduo. É crucial que estabelecimentos de saúde devidamente preparados administrem a anestesia em procedimentos não relacionados à medicina, como é o caso das tatuagens.

No momento, a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) e o CFM estão debatendo sobre as regras relacionadas a esse tipo de ação, defendendo a ideia de que somente especialistas da saúde devem estar envolvidos em situações que demandam o uso de anestesia. No entanto, é concedida ao anestesista uma margem de manobra ética para garantir o bem-estar do paciente, desde que todos os protocolos de segurança sejam observados.

Qual o motivo de tanta controvérsia em relação ao uso de anestesia para tatuagens?

Que opções temos disponíveis?

Quais obrigações o especialista em anestesia precisa cumprir?

Segundo informações do CRM-SC, é de responsabilidade do profissional de anestesiologia assegurar a assistência integral ao indivíduo que passa por um procedimento anestésico, desde o momento da admissão no hospital até a sua alta. Cabe ao médico criar um registro minucioso, contendo dados da avaliação antes da anestesia, a ficha da intervenção e o período de recuperação pós-anestésica.

É primordial que o paciente concorde expressamente com o procedimento anestésico, ciente dos riscos relacionados à anestesia e identificando o médico responsável. Assim, garantimos a plena consciência do paciente acerca dos perigos e precauções durante a anestesia.

Quais os pontos a levar em conta acerca da segurança da anestesia?

A despeito de não haver proibição formal da utilização de anestesia em tatuagens, é crucial que o procedimento seja conduzido em total conformidade com as diretrizes médicas estritas. Sob condições apropriadas e sob a supervisão de profissionais altamente capacitados, a aplicação de anestesia pode se apresentar como uma alternativa segura para aliviar o desconforto frequentemente associado às tatuagens. Contudo, a ausência de diretrizes bem definidas e a demanda por uma avaliação minuciosa antes da administração da anestesia seguem sendo temas de discussões acaloradas entre os órgãos médicos.

A história trágica que aconteceu com Ricardo Godoi nos lembra da importância de executar os processos ligados à anestesia com extremo cuidado, garantindo que todos os protocolos de segurança sejam rigorosamente seguidos para preservar a saúde e o conforto dos indivíduos.